terça-feira, 8 de março de 2011

Tudo bem simples, tudo natural..

Lendo um artigo  no Global Voices (http://pt.globalvoicesonline.org/2011/03/08/brasil-onde-a-violencia-tem-cor-e-idade/#comment-7381) que se intitula "Brasil onde a violência tem cor e idade " de Atílio Baroni Filho que trata sobre a falsa ideia de que no Brasil não existe racismo, comecei a pensar sobre este fato e cheguei a algumas questões, só pensamentos, questionamentos que expresso abaixo.

A naturalização do preconceito brasileiro pode e deve ser desconstruída assim como foi histórica e socialmente construída. O bom começo é desmistificar a ideia que o preconceito é algo inexistente no Brasil, os fatos comprovam que o preconceito existe, nas comunidades carentes, no Carnaval da Bahia ou no prédio de luxo. É algo que está nas mentalidades de forma entranhada e que foi plantada de cima pra baixo, porque cor e classe social no Brasil se cruzam comumente. A segregação por cor no Brasil faz parte da formação deste país e tem se mantido de forma hábil por uma elite criativa e aparentemente gente boa que morde a assopra para deixar a maioria na mais perfeita mansidão, ocultando as verdades e alegrando a massa com pão e circo.
 Tudo isso começou há muito tempo, há quinhentos anos, mas não é natural que continue assim, afinal o discurso das naturalidades fatais não é nosso.Ou é?