sábado, 25 de dezembro de 2010

Entrevista da Ministra Luiza Bairros à Folha de São Paulo

 

 24 de dezembro de 2010.
Cota não é "dá ou desce", diz nova ministra

Para Luiza Bairros, da Igualdade Racial, o melhor caminho não é impor as ações às universidades federais

Socióloga defende as cotas raciais, em contraposição às sociais, a serem adotadas por meio de incentivos


JOHANNA NUBLAT
DE BRASÍLIA


Gaúcha radicada em Salvador há 31 anos, atual secretária de promoção da igualdade da Bahia, a socióloga Luiza Bairros, 57, assumirá a Seppir (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial), órgão vinculado à Presidência da República.
À Folha ela defende as cotas raciais, em contraposição às sociais, e diz que o melhor não é impor ações às universidades federais -posição que se opõe ao atual entendimento da pasta.
"Não é assim, sim ou não, dá ou desce. Existem formas que o próprio Estado pode adotar para criar estímulos."
xxxxxxxxxxxxx

Folha - Há uma ação que a sra. sabe que precisa ser feita?
Luiza Bairros -
A agenda de erradicação da miséria. A secretaria deve ressaltar o fato de que, no Brasil, a maioria das pessoas em situação de pobreza e miséria é negra.

E como isso seria alcançado?
A partir de medidas coordenadas e articuladas. As questões mais específicas são muito importantes. Quer dizer, tanto é importante o acesso ao Bolsa Família como viabilizar que os que já o recebem saiam do programa.
A questão da educação é extremamente importante, porque temos uma evasão escolar bastante grande, o que é particularmente grave na população negra.
Também a saúde. De novo, entre os negros é que se registram mortes mais precoces e em maior número.

O Estatuto da Igualdade Racial foi aprovado neste ano sob críticas de retirada de pontos importantes. A sra. concorda?
Não. O estatuto gerou no movimento negro uma expectativa alta. Na discussão no Congresso, foi perdendo aspectos considerados fundamentais pelo movimento, como a questão das cotas.
Boa parte da insatisfação se deve à percepção de que foi retirado um instrumento eficiente na redução das desigualdades raciais. Agora, deve ser ressaltado que, no ensino universitário, as cotas foram implantadas independentemente de legislação.

Todas as universidades federais deveriam ter cotas?
O êxito da iniciativa nas que adotaram é tão evidente que deveria ser um indicador importante para as que ainda não estão convencidas.

De forma impositiva ou não?
Qualquer pessoa negra desejaria que todas as instituições adotassem um tipo de medida para fazer face a uma coisa real, que são diferenças na inserção social, política, econômica entre brancos e negros, independentemente da questão da pobreza.

Ou seja, não é cota por estrato social, mas para negro?
Não é mesmo. Mesmo quando você analisa as estatísticas de desigualdade racial, é importante observar que, nas informações por renda entre brancos e negros, as diferenças continuam.

Há gestores que defendem a imposição. E a sra.?
Tenho dificuldade de responder isso. A imposição é dada pelas mudanças que a sociedade vai provocando nos valores. Chega num ponto em que a sociedade muda tanto que as instituições são obrigadas a mudar com ela.

Mas, talvez, elas sozinhas não façam esse movimento...
Elas têm de ser, em algum nível, levadas a isso. Há várias formas possíveis, usadas em outros países, que podemos estudar num futuro próximo. Por exemplo, oferecendo incentivos para que universidades ou outras instituições adotem essa medida.

Mesmo as públicas?
Sim, é comum em países como os EUA que as universidades só tenham acesso a determinadas verbas federais se adotarem um plano de democratização do acesso. Por isso, eu não digo imposição.
Não é assim, sim ou não, dá ou desce. Existem formas que o próprio Estado pode adotar para criar estímulos.
 
 
 
Fonte jornal A Folha de São paulo 

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

A Coleção da História Geral da África- Conteúdo

Novo olhar sobre a África

Há pelo menos três milhões de anos, a África vem contribuindo com culturas, conhecimento, técnicas e tecnologias para o mundo. Tudo isso repassado ao longo do tempo não por tribos, como frequentemente se pensa a respeito dos povos africanos, mas por sociedades constituídas e organizadas.

Para disseminar entre a população brasileira e entre os países de língua portuguesa esse novo olhar sobre o continente africano, a UNESCO no Brasil, o Ministério da Educação, por intermédio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), lançaram no dia 9/12, em Brasília, a edição em português da Coleção História Geral da África.

A obra contribui para a disseminação da história e da cultura africana na educação brasileira, e também para a transformação das relações étnico-raciais no país. Principal material de referência sobre o assunto, a coleção completa foi editada em inglês, francês e árabe e, pela primeira vez, tem seus oito volumes disponibilizados em português.
O lançamento acontece durante o Seminário Nacional de Avaliação da Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnico-Raciais, promovido pela Secad, com o objetivo de debater as ações referentes à introdução da história da África e dos afro-brasileiros no currículo escolar.
Conteúdo
A obra conta a história da África a partir de uma visão de dentro do continente, usando uma metodologia interdisciplinar que envolve especialistas de áreas como história, antropologia, arqueologia, linguística, botânica, física, jornalismo, entre outros. Seu conteúdo permite novas perspectivas para os estudos e pesquisas a respeito da África e também para a disseminação das relações étnico-raciais no sistema de ensino brasileiro.
Os oito volumes que integram a coleção abordam o continente desde a pré-história  até a década de 1980, passando pelo Egito Antigo, por diversas civilizações e dinastias, pelo tráfico de escravos, pela colonização europeia e pela independência dos diversos países. A África é destacada como berço da humanidade e de contribuição fundamental para a cultura e a produção do conhecimento científico mundial. 
Além de apresentar uma história desconhecida da maior parte da população brasileira, a obra refuta ideias preconcebidas, como a que afirma que o deserto do Saara isolou norte e sul do continente. A partir do trabalho de pesquisa realizado para a elaboração da coleção, provou-se que, ao contrário, o deserto funcionava como espaço de intercâmbios, integrando o Antigo Egito à dinâmica do continente. Mostra, também, que a África manteve contatos permanentes com a Ásia, o Oriente Médio, a Europa e as Américas. Além disso, rompe com a ideia tradicional segundo a qual o continente africano era formado por tribos e não por uma sociedade organizada. 
Por ter um importante papel na diáspora africana – sendo o país que conta com a maior população originária da África – o Brasil integra alguns capítulos da coleção, que abordam a influência africana na cultura brasileira. Mas, dentro da perspectiva inovadora que a obra propõe, o outro lado também é mostrado: os negros  que retornaram ao continente após o período da abolição e levaram a cultura brasileira para países como Guiné, Nigéria, Benin e Togo, como  pode ser observado na técnica de arquitetura de construções. Além disso, eles tiveram uma influência social, política, econômica e de desenvolvimento nessas regiões.
A obra de quase 10 mil páginas foi construída ao longo de 30 anos por 350 pesquisadores, coordenados por um comitê científico composto por 39 especialistas, dois terços deles africanos.
Base para a transformação
A Coleção é base para pesquisas de especialistas e profissionais de todo o mundo que de alguma forma lidam com a história do continente, bem como subsidia  a formação de professores de diversas áreas do conhecimento. Além disso, é fonte para a produção de material pedagógico voltado para as escolas.
A iniciativa contribui para a implementação da lei 10.639/2003 (Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de  História e Cultura Afro-Brasileira e Africana).
A Coleção da História Geral da África em língua portuguesa será distribuída pelo Ministério da Educação e estará à disposições dos interessados em todas as bibliotecas públicas municipais, estaduais e distritais; nas bibliotecas das  Instituições de Ensino Superior, dos Polos da Universidade Aberta do Brasil, dos Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros, dos Conselhos Estaduais ou Distrital de Educação. Os oito volumes estão disponíveis para download nos sites da UNESCO e do Ministério da Educação.

Fonte http://www.unesco.org 

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Ensino de África

Oi caros amigos, nas minhas pesquisas encontrei o plano nacional de implementação das diretrizes curriculares nacionais para  a educação das relacões étnico- raciais e para o ensino de história e cultura afrobrasileira e africana. Este plano é uma mobilização conjunta de instituições como a unesco, o consed, a undime e dos ministérios da educação e da secretaria especial de políticas de promoção de igualdade racial.Apesar de ser um documento escrito em 2004, este plano é absolutamente atual, tenho certeza que muitos educadores ainda o desconhecem , mas creio que este documento pode contribuir para o trabalho de ensino de africa e cultura afrobrasileira  nas escolas, na verdade ele deveria nortear esta temática em sala de aula, esta seria sua função inicial. Vale a pena dar uma olhada no texto que está no http://www.portaldaigualdade.gov.br/.arquivos/leiafrica.pdf 

Programa Brasil-África

Programa Brasil-África: Histórias Cruzadas


brz ed brazil africa crossed histories logo pt 2010
© UNESCO
Promover o reconhecimento da importância da interseção da história africana com a brasileira para transformar as relações entre os diversos grupos raciais que convivem no país. Esta é a essência do Programa Brasil-África: Histórias Cruzadas, instituído pela UNESCO no Brasil, a partir da aprovação da Lei 10.639, em 2003, que preconiza o ensino dessas questões nas salas de aulas brasileiras.
Desde então, o processo de implementação da Lei da Educação das Relações Étnico-Raciais nos sistemas de ensino brasileiros vem enfrentando desafios, entre eles a necessidade de desenvolvimento de uma nova cultura escolar e de uma nova prática pedagógica que reconheça as diferenças étnico-raciais resultantes da formação da sociedade brasileira. Para contribuir com esse processo, o programa Brasil-África: Histórias Cruzadas da UNESCO atua em três eixos estratégicos, complementares e fundamentais:
  1. Acompanhamento da implementação da Lei
  2. Produção e disseminação de informações sobre a história da África e dos afro-brasileiros
  3. Assessoramento no desenvolvimento de políticas públicas
O objetivo dessa atuação é identificar pontos críticos, avanços e desafios na implementação da Lei, bem como para cooperar para a formulação de estratégias para a concretização de políticas públicas nesse sentido, além de sistematizar, produzir e disseminar conhecimentos sobre a história e cultura da África e dos afro-brasileiros, subsidiando as mudanças propostas pela legislação.
Para a UNESCO, apoiar a implementação da lei da Educação das Relações Étnico-raciais é uma maneira de valorizar a identidade, a memória e a cultura africana no Brasil – o país que conta com a maior população originária da diáspora africana.
A partir do momento em que as origens africanas na formação da sociedade brasileira forem conhecidas e reconhecidas e as trocas entre ambos disseminadas, se abrirão importantes canais para o respeito às diferenças e para a luta contra as distintas formas de discriminação, bem como para o resgate da autoestima e a construção da identidade da população. Somados, esses canais contribuirão para o desenvolvimento do país.
Assim, o trabalho com esses tópicos nas escolas e nos sistemas de ensino proposto pela legislação nacional, em última instância, leva os alunos e a sociedade a valorizar o direito à cidadania de cada um dos povos.
Tudo isso encontra uma forte convergência com o trabalho da UNESCO, que atua em todo o mundo declarando que conhecer melhor outras civilizações e culturas permite tanto compreender a segregação e os conflitos raciais como afirmar direitos humanos.


Fonte http://www.unesco.org

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Mais dança africana



A origem e importância da dança africana

A dança originou-se na África como parte essência da vida nas aldeias. ela acentua a unidade entre seus membros, por isso é quase sempre uma atividade grupal. Em sua maioria, todos os homens, mulheres e crianças participam da dança, batem palmas ou formam circulos em volta dos bailarinos. Em ocasiões importantes, danças de rituais podem ser realizadas por bailarinos profissionais. Todos os acontecimentos da vida africana são comemorados com dança, nascimento, mortem plantio ou colheita; ela é a parte mais importante das festas realizadas para agradecer aos deuses uma colheita farta. As danças africanas variam muito de região para região, mais a maioria delas tem certas características em comum. Os participantes geralmente dançam em filas ou em círculos, raramente dançam a sós ou em par. As danças chegam a apresentar algumas vezes até seis ritmos ao mesmo tempo e seus dançarinos podem usar máscaras ou enfeitar o corpo com tinta para tornar seus movimentos mais expressivos. As danças em Marrocos usam normalmente uma repetição e um constante crescimento da música e de movimentos, criando um efeito hipnótico no dançarino e no espectador. Entre elas destacam-se a Ahouach, Guedra,
Gnawa e Schikatt.


As influências

Sabe-se que desde a invasão dos colonizadores, a partir do século XIV e XV em África, tudo sofreu alterações desde os nomes usados até à própria civilização isto devido à permanência dos colonos desde essa data até aos nossos dias, com a entrada de outras culturas.

Agora aqui sublinho no que toca a dança que houve uma fusão entre os nossos ritmos tradicionais com a forma de dançar a par importada da sociedade européia, em que este tipo de dança era praticada nas cortes, nos salões nobres e da burguesia como por exemplo na contradança, valsa, mazurca, polca…, levadas não só pelos senhores como pelos seus criados e até por alguns escravos.


Ritmos

Ao ritmo do Semba, Funaná, Kuduro, Sakiss, Puita, Marrabenta, e outros sons da música folclórica, são dançadas em pequenas coreografias, trabalhando assim os movimentos da anca, o rebolar da bunda , e a facilidade de juntar a agilidade dos braços, pernas e cabeça, num só movimento culminando num trabalho de ritmo corporal.


Capoeira

A Capoeira é uma luta disfarçada em dança, criada pelos escravos trazidos da África nos navios negreiros para o Brasil.
Dentro das Senzalas após a mistura das culturas das diversas tribos africanas que aqui se encontraram, foi-se ao poucos somando o Ngolo que era um jogo de luta praticado nas tribos africanas, o qual o vencedor escolheria uma mulher da tribo a qual seria sua esposa; a ânsia de liberdade dos escravos que sofriam presos nas senzalas, trabalhando o dia todo ou apanhando e resultando na primeira forma de defesa dos escravos contra as maldades que sofriam o qual começaram a ocorrer as primeiras fugas dos negros e a fundação dos Quilombos.
Na época da escravidão toda cultura negra era reprimida, principalmente se tivesse uma conotação de luta, então para poder ser disfarçada a sua prática entre os negros, foi adicionado os instrumentos musicais que deram uma imagem de dança a Capoeira, com músicas que falam de Deuses africanos, Reis das tribos a qual vieram, fatos acontecidos na roda de Capoeira, acontecimentos e sofrimentos do dia-a-dia dos escravos e etc...!
Como ninguém tinha interesse sobre a cultura negra, ninguém notava que aquela simples dança, brincadeira e ritual era na verdade a luta marcial dos escravos, que se camuflava para poder permanecer ativa.


Schikatt

Dança erótica e popular das mulheres marroquinas. Muitos movimentos têm origem nas danças orientais. Foi de uma combinação da influência árabe com o folclore berbere que nasceu esta dança.
As dançarinas usam camadas de véus cobrindo o corpo, do pescoço ao tornozelo, e se enfeitam com muitas jóias; elas cantam, tocam instrumentos e batem palmas enquanto dançam.
O schikatt tem um passo característico chamado rakza, quando a dançarina bate com os pés como na dança flamenca.

Gnawa


A dança Gnawa celebra um ritual da seita de Sufi.

Cada ritmo tem muitos significados simbólicos que vão de poderes curativos ao exorcismo.

Uma cor específica é usada para cada dança, invocando o espírito da cerimônia, Hadra, o qual é trazido à terra de um outro mundo etéreo.

Dançarinos usam roupas brancas e chapéus pretos pesadamente enfeitados com conchas, contas, mágicos talismãs e amuletos. Em pé em linha ou círculo, os músicos mantêm o ritmo com tambores ou batendo palmas enquanto dançarinos executam danças acrobáticas.





Fonte blog danças africanas

Algo sobre dança Africana

Na dança africana, cada parte do corpo movimenta-se com um ritmo diferente. Os pés seguem a base musical, acompanhados pelos braços que equilibram o balanço dos pés. O corpo pode ser comparado a uma orquestra que, tocando vários instrumentos, harmoniza-os numa única sinfonia. Outra característica fundamental é o policentrismo que indica a existência no corpo e na música de vários centros energéticos, assim como acontece no cosmo. A dança africana é um texto formado por várias camadas de sentidos. Esta dimensionalidade é entendida como a possibilidade de exprimir através e para todos os sentidos. No momento que a sacerdotisa dança para Oxum, ela está criando a água doce não só através do movimento, mas através de todo o aparelho sensorial. A memória é o aspeto ontológico da estética africana. É a memória da tradição, da ancestralidade e do antigo equilíbrio da natureza, da época na qual não existiam diferenças, nem separação entre o mundo dos seres humanos e os dos deuses.

A repetição do padrão-musical manifesta a energia que os fieis estão invocando. A repetição dos movimentos produz o efeito de transe que leva ao encontro com a divindade, muito usado em rituais. O mesmo ato ou gesto é praticado num número infinito de vezes, para dar à ação um caráter de atemporalidade, de continuação e de criação continua. Nas danças africanas o contato contínuo dos pés nus com a terra é fundamental para absorver as energias que deste lugar se propagam e para enfatizar a vida que tem que ser vivida agora e neste lugar, ao contrario das danças ocidentais performadas sobre as pontas a testemunhar a vontade de deixar este mundo para alcançar um outro. Existem várias danças. Entre elas destacam-se: lundu, batuque, Ijexá, capoeira, coco, congadas e jongo.

Tipos de Danças Africanas menos comuns:

Kizomba Ritmo quente, originário de Angola, não pára de conquistar cada vez mais praticantes. É uma das danças sempre tocadas nas discotecas, não só africanas. Quente, suave, apaixonante... Vários estilos, técnicas, influencias. Toda variedade e diversidade de Kizomba.

Semba É uma dança de salão angolana urbana. Dançada a pares, com passadas distintas dos cavalheiros, seguidas pelas damas em passos totalmente largos onde o malabarismo dos cavalheiros conta muito a nível de improvisação. O Semba caracteriza-se como uma dança de passadas. Não é ritual nem guerreira, mas sim dança de divertimento principalmente em festas, dançada ao som do Semba.

Danças Caboverdianas Toda a variedade de ritmos originários de Cabo Verde: Funána, Mazurka, Morna, Coladera, Batuque.

Danças Tribais Uma forte característica trazida para o Estilo Tribal das danças tribais é a coletividade. Não há performances solos no Estilo Tribal. As bailarinas, como numa tribo, celebram a vida e a dança em grupo. Dentre as várias disposições cênicas do Estilo Tribal estão a roda e a meia lua. No grande círculo, as bailarinas têm a oportunidade de se comunicarem visualmente, de dançarem umas para as outras, de manterem o vínculo que as une como trupe. Da meia lua, surgem duetos, trios, quartetos, pequenos grupos que se destacam para levar até o público esta interatividade.


Fonte blog Arte africana por
Driely Estevam 4 º Publicidade e Propaganda

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Ipea: Salvador possui maior representatividade da população negra


Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado nesta terça-feira, 14, aponta Salvador com a capital com maior representatividade da população de cor negra na participação da massa salarial total da região metropolitana, em comparação com outras cinco capitais pesquisadas. Na cidade com maior população afrodescendente do Brasil, no entanto, os negros ainda correspondem a apenas 14% da massa salarial.

A menor representatividade da população afrodescendente foi verificada em Recife, perto de 3%. De acordo com o Ipea, amarelos e indígenas possuem participação menor que 2% em todas as regiões presentes no estudo. Para todas as regiões pesquisadas - São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Porto Alegre e Belo Horizonte - a população branca responde pela maior parte da massa salarial. Na capital gaúcha, ela representa pouco mais de 90%, enquanto na capital pernambucana há equilíbrio nas participações de brancos e pardos, ambos com 48% do total.

Salvador também registrou o melhor desempenho das mulheres, com participação de cerca de 40% na massa salarial da região metropolitana. O índice também foi verificado em Porto Alegre, enquanto Rio de Janeiro e Belo Horizonte registraram a pior representatividade feminina, em torno de 16,4%.

Segundo o Ipea, as mulheres ainda sofrem com salários abaixo da média dos homens no País. A participação delas não supera os 50% da massa salarial total em nenhuma das seis regiões metropolitanas verificadas pela Pesquisa Mensal do Emprego (PME), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que serviu de base para o estudo do Ipea. De acordo com o Censo 2010 do IBGE, há 95,9 homens para cada 100 mulheres no País.

A massa salarial das mulheres no Brasil atingiu R$ 12,7 bilhões em outubro último, ante R$ 11 bilhões em janeiro do ano passado. No mesmo período comparativo, a massa salarial dos homens somava R$ 21,2 bilhões (outubro de 2010) e R$ 19,1 bilhões (janeiro de 2009). Em São Paulo, a massa salarial das mulheres somou em outubro R$ 5,8 bilhões e a dos homens, R$ 9,3 bilhões. "Fica claro, então, que ainda existe uma concentração de renda para pessoas do sexo masculino", afirma o documento do Ipea.

Os dados compilados pelo Ipea a partir do IBGE mantêm a região metropolitana de São Paulo como a de maior representatividade na massa salarial do País, com rendimento de R$ 15,2 bilhões em outubro (em janeiro de 2009 era de R$ 14,6 bilhões). Recife, em contrapartida, tem a menor massa salarial: R$ 1,7 bilhão em outubro passado (somava R$ 1,3 bilhão em janeiro de 2009). No conjunto das seis regiões metropolitanas, a massa salarial cresceu de R$ 30,2 bilhões no início do ano passado para R$ 34 bilhões em outubro de 2010.

Setores - Com exceção da região metropolitana de São Paulo, as ocupações incluídas na categoria administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde e serviços social respondem pela maior parte da massa salarial. Entre setembro de 2009 e o mesmo mês de 2010, esse setor não apresentou variações significativas, a não ser na capital baiana, que registrou crescimento de mais de 5% entre março e setembro deste ano.

"Quanto ao Brasil, a tendência foi semelhante às das regiões metropolitanas", com valores em torno de 25%. Na capital paulista, o setor que mais responde pela massa salarial é o de intermediação financeira e atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados a empresas, com 23% de participação.

Quanto ao setor de construção, a massa salarial não apresentou variação para o País, com valores em torno de 6%, estabilidade também verificada nas regiões pesquisadas, a não ser em Salvador. "Com relação a essa região metropolitana, é passível de ter ocorrido uma sazonalidade com queda na taxa de 2,4% em março de 2010. Entretanto, em setembro de 2010, a taxa retornou para valores próximos dos de setembro de 2009, variação de 0,6% (7% em 2009 e 7,6% em 2010)", diz o documento.

*Com informações da Agência Estado e Agência Brasil. 
 
Fonte A tarde online 

África pela Unesco

Em 1964, a UNESCO dava início a uma tarefa sem precedentes: contar a história da África a partir da perspectiva dos próprios africanos. Mostrar ao mundo, por exemplo, que diversas técnicas e tecnologias hoje utilizadas são originárias do continente, bem como provar que a região era constituída por sociedades organizadas, e não por tribos, como se costuma pensar.
Quase 30 anos depois, 350 cientistas coordenados por um comitê formado por 39 especialistas, dois terços deles africanos, completaram o desafio de reconstruir a historiografia africana livre de estereótipos e do olhar estrangeiro. Estavam completas as quase dez mil páginas dos oito volumes da Coleção História Geral da África, editada em inglês, francês e árabe entres as décadas de 1980 e 1990.
Além de apresentar uma visão de dentro do continente, a obra cumpre a função de mostrar à sociedade que a história africana não se resume ao tráfico de escravos e à pobreza. Para disseminar entre a população brasileira esse novo olhar sobre o continente, a UNESCO no Brasil, em parceria com a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação (Secad/MEC) e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), viabilizaram a edição completa em português da Coleção, considerada até hoje a principal obra de referência sobre o assunto.
O objetivo da iniciativa é  preencher uma lacuna na formação brasileira a respeito do legado do continente para a própria identidade nacional.

 Extraído do
Site da Unesco

História da África para Download

Coleção “História Geral da África” ganha edição em língua portuguesa e pode ser baixado por qualquer pessoa através do site da Unesco. São mais de seis mil páginas que prometem melhorar ainda mais o ensino de história nas escolas brasileiras

Publicada há seis anos, a Lei 10.639/03 tornou obrigatório o ensino da história e da cultura afro-brasileira em todas as escolas brasileiras. A medida foi bastante comemorada pelos profissionais da educação, sobretudo pelos professores de história. No entanto, embora a implementação da lei tenha sido uma grande conquista, muitos educadores continuam tendo dificuldades em ministrar o conteúdo de História da África. Há poucos livros publicados sobre o assunto e o número de especializações na área ainda está longe de atender à demanda. Para alívio dos professores, porém, esse cenário começou a mudar neste fim de ano. Acaba de ser lançada no Brasil a coleção “História Geral da África", um material de extrema importância para professores que atuam em diversos níveis de ensino. E o melhor: a obra é totalmente gratuita e encontra-se disponível para download.

Publicada originalmente pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura (Unesco) entre 1960 e 1990, "História Geral da África" é uma espécie de "arrasa quarteirão" no campo da história. A obra possui 6 mil páginas e encontra-se dividida em 8 volumes: I) "Metodologia e Pré-História da África"; II) África Antiga; III) África do século VII XI; IV) África do século XII ao XVI; v) África do século XVI ao XVIII; VI) África do século XIX à década de 1880; VII) África sob dominação colonial, 1880-1935; VIII) África desde 1935. Tudo isso foi produzido por mais de 350 especialistas das mais variadas áreas do conhecimento, sob a direção de um Comitê Científico Internacional formado por 39 intelectuais, dos quais dois terços eram africanos. E é justamente por este último aspecto que "História Geral da África" vem sendo considerada uma obra de valor único e inédito.

A edição completa da coleção já foi publicada em árabe, inglês e francês. A versão brasileira, que acaba de ser lançada,foi possível graças a uma parceria entre a Unesco, o Ministério da Educação e a Universidade de São Carlos (UFSCar). Entre tradução, revisão técnica e adaptação às normas ortográficas custou R$ 2 milhões e envolveu 45 pesquisadores do Núcleo de estudos Afro-Brasileiros da UFSCar.

Para os organizadores, o principal objetivo da tradução é fazer com que professores e estudantes lancem um novo olhar sobre o continente africano e entendam sua contribuição para a formação da sociedade brasileira. Segundo Fernando Haddad, ministro da Educação, a coleção vem preencher uma lacuna na educação brasileira. “De fato, a história africana ainda não está inserida no currículo escolar, como estão as histórias da Europa e da América, não há dúvida que há um vácuo. Temos que ter consciência de como nosso povo se formou. A importância da África é crucial para nosso presente e para o futuro da nação brasileira”, afirma.

O Ministério da Educação irá distribuir a coleção para bibliotecas públicas municipais, estaduais e distritais; bibliotecas das Instituições de Ensino Superior, dos Polos da Universidade Aberta do Brasil, dos Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros, dos Conselhos Estaduais ou Distrital de Educação. Os oito volumes estão disponíveis também para download nos sites da UNESCO (www.unesco.org/brasilia/publicacoes) e do Ministério da Educação (www.mec.gov.br/publicacoes). O download é 100% gratuito e legal.

Material Pedagógico

Tendo em vista que o conteúdo por si só está longe de resolver as carências no campo, a Representação da UNESCO, em parceria com a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação e a Universidade Federal de São Carlos estão preparando a produção de materiais pedagógicos em língua portuguesa para professores e estudantes. Serão disponibilizados um livro Síntese da Coleção da História Geral da África, livros sobre história e cultura africana e afro-brasileira para professores da educação básica, um portal com ferramentas interativas para professores e alunos da educação básica e um atlas geográfico contendo a cartografia do continente africano e de sua diáspora.

Se você deseja saber mais sobre esta grande iniciativa governamental, acesse o site do "Programa Brasil-África: Histórias Cruzadas" e descubra um pouco mais do que já existe para uso em sala de aula e também o que está por vir.



Extraído do Arquivo Café História 

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Candomblé

Candomblé, afinal o que é?

Jairo SantiagoProfessor Doutor em Comunicação /ECO/UFRJ
Desde o século XVI milhões de negros vindos da África chegaram à costa brasileira, são de diversas etnias, que, mesmo considerada a diversidade cultural, comungam do fato de terem perdido as referências territoriais e comunitárias.
Restavam-lhes apenas os valores e princípios que demarcavam sua visão de mundo.
Esse grupo utiliza as mais diversas formas e táticas de  sobrevivência.
Importante que se diga, que não se tratava apenas de uma sobrevivência espiritual, mas principalmente do corpo, de uma forma de viver.
Diante da adversidade da escravidão, era preciso recompor as referências perdidas. A religiosidade se prefigurou como um dos caminhos possíveis nessa empreitada, e o Candomblé, dentre outras manifestações religiosas se singularizou na manutenção de valores e princípios negros na diáspora. O Candomblé em sua expressão de maior magnitude, a comunidade-terreiro, permitiu a recriação de laços  comunitários e territoriais aniquilados com a escravidão.
Mas afinal o que é Candomblé?
Em primeiro lugar se faz necessário pensar que se trata de uma poderosa síntese que se processou em território brasileiro, sendo assim resultado de um longo e doloroso processo histórico, no qual os negros escravizados e, posteriormente os libertos, tecem laços comunitários e territoriais, consideradas as diversidades adversidades.  O negro se moveu, resistiu, se comunicou entre os fios da rede da repressão.
Entender essa tensa rede de acordos e enfrentamentos, de avanços e retrocessos, de disputas e acertos internos é o longo caminho para se compreender o que é o Candomblé. Nesse sentido, se lança mão aqui de uma metáfora para se tentar chegar a um primeiro entendimento do que seja candomblé, ou pelo menos uma de suas traduções possíveis:
Imagine que uma pessoa viaja até a África e que lá chegando conhece um determinado prato da culinária local, interessando-se pelo referido prato, solicita a receita e descobre que alguns dos ingredientes não existem no Brasil, e, mesmo assim, consegue os ingredientes e volta ao Brasil, onde resolve reproduzir o prato, mas se propõe a algo mais, ou seja, resolve inventar um novo prato, que embora contenha ingredientes africanos não lembra nenhum prato conhecido na África.
Portanto é um prato brasileiro. Assim é o Candomblé, pois mesmo considerados os elementos simbólicos e religiosos africanos (ingredientes) é resultado do processo histórico na diáspora, é síntese da inventividade dos partícipes. As palavras inventividade e recriação são fundamentais à compreensão do papel do negro escravizado ou liberto na diáspora.
O Candomblé agrega territorialmente elementos que no território africano eram dispersos e objeto de cultos locais e até isolados. Muniz Sodré nesse sentido afirma:

Do lado dos ex-excravos, o terreiro de (de candomblé) afigura-se como a forma social negro-brasileira por excelência, por que além da diversidade existencial e cultural que engendra, é um lugar originário de força ou potência social para uma etnia que experimenta a cidadania em condições desiguais. Através do terreiro e de sua originalidade diante do espaço europeu, obtêm-se traços de fortes subjetividade histórica das classes subalternas no Brasil (SODRÉ.1988,p.18)

Retomando o conceito de comunidade-terreiro, percebe-se que a mesma implica além da junção de elementos dispersos e distantes, uma nova concepção de comunidade, que agrega vivos e mortos, implica em uma relação de troca entre os vivos e os ancestrais, entre deuses e seres humanos, implica ainda em uma visão de ser humano que negocia com os deuses e ancestrais uma boa vida na terra, uma vida alegre, criativa e em constante movimento, pois para o Candomblé nada é estático, tudo é movimento, tudo é troca constante.
A idéia de movimento remete a um dos elementos mais importantes do Candomblé, que a figura de Exu, senhor do movimento sem fim, é responsável pela existência dinâmica da realidade, tudo muda, seres humanos, árvores, pedras, todos são parceiros em uma relação que é dada pela dimensão de um jogo cósmico. As possibilidades vão sendo construídas e destruídas o tempo todo. O segredo da regra do jogo encontra-se na palavra acerto, ou seja, acertar um ponto, fechar um acordo, alterar uma situação, enfim simular e dissimular a realidade. Uma grande figura do Candomblé, o professor Agenor Miranda da Rocha , dizia com propriedade: Candomblé é um sistema cuja base é Exu.
Assim sendo, na impossibilidade de um ponto fixo de referência, e de uma conversão à uma verdade eterna e imutável, como caminha a civilização ocidental
desde Platão, o Candomblé acena sempre com a possibilidade de se mudar o mundo e o destino. Busca-se enganar a morte, nem que seja por uma vez. O candomblé não se prefigura como um espaço de conversão à uma única verdade. Pertencer a uma comunidade-terreiro não exige o pressuposto da adesão a verdade, basta estar ali. Em uma festa ou cerimônia pública não se pergunta se a pessoa acredita ou não na divindade presente, ou nos princípios ali vigentes.
Os deuses existem independentemente da fé. Deve se entender Candomblé como um espaço de enfrentamento do projeto universalista da civilização ocidental. Na comunidade-terreiro o homem é capaz de estabelecer uma relação de troca sem que sobre um resto a ser apropriado economicamente e em favor de algum grupo
dominante .
A comunidade-terreiro recria a referência territorial-comunitária perdida em razão da escravidão. Os negros e seus descendentes reconstituem possibilidades de enfrentar o mundo que lhes é hostil e adverso.
Candomblé e Modernidade – considerações finais
O Candomblé, embora não se possa dizer que esteja fora da modernidade, implica em pontos de enfrentamento a esse projeto de ocidentalização do mundo pela lógica do mercado. Alguns aspectos da comunidade-terreiro apontam na direção de negar a modernidade. Entre esses pontos podem ser destacados: a relação com o corpo, que deixa de ser uma mercadoria, a impossibilidade da reprodução ad infinitum dos bens, a relação com o tempo e com o espaço.
A crença na palavra do pai fundador que se traduz no culto à ancestralidade, o reforço do sentido coletivo do agir humano que se choca frontalmente com o individualismo moderno; a crença no movimento constante da vida e dos homens, a crença na palavra e a desnecessidade de contratos escritos para garantir o cumprimento de um acordo e finalmente a negação de um dos sentidos da existência, a noção de axé. Para os adeptos do Candomblé a vida é um ato de alegria que se perpetua entre os parceiros do cósmico. Mas viver o hoje não implica uma visão pós-moderna de vida, um imediatismo infrutífero, mas sim, uma relação de ética comunitária, a felicidade de um deve estar imbricada com a felicidade de todos. Afinal isto é Candomblé.
Referências Bibliográficas
SODRÉ,Muniz, A verdade seduzida: Por um conceito de cultura no Brasil: Rio de Janeiro,CODECRI, 1983.
___________, O terreiro e a cidade: A forma social brasileira, Petrópolis: Vozes,1988.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

O filme Besouro

O Besouro É Um Inseto Que, Por Suas Características, Não Deveria Voar, Mas Voa. BESOURO Foi O Maior Capoeirista De Todos Os Tempos. Um Menino Que, Ao Se Identificar Com O Inseto Que Desafia As Leis Da Física, Desafia Ele Mesmo As Leis Cruéis Do Preconceito E Da Opressão. Um Mito, Um Super-Heroi.
O Filme É Um Épico Em Que Fantasia E Registro Histórico Se Misturam No Cenário Deslumbrante Do Recôncavo Baiano Dos Anos 20. Uma Aventura Com Paixão, Misticismo E Coragem. Besouro Se Tornou Um Ícone Da Capoeira E Está Acima De Estilos De Doutrinas. Por Isso, Muitos Grandes Mestres Lhe Rendem Homenagem.
*Filme de: João Daniel Tikhomiroff
*Produzido por: Mixer e Globo Filmes
*Distribuição: Miravista
*Lançamento: 30 de outubro 2009 *Nos Cinemas*
*Informações gentilmente enviadas pela equipe de divulgação através de email* Para saber mais acesse o site: http://www.besouroofilme.com.br/

Oxum

Uma lei sancionada pelo governador Sérgio Cabral e publicada no Diário Oficial do dia 05/03/2010 -  transforma o Dia de Oxum, comemorado anualmente no dia 8 de dezembro, em patrimônio imaterial do Estado do Rio. A nova norma, de autoria do deputado Átila Nunes (DEM), determina que festejos deverão ser programados e realizados pelas secretarias de Turismo e Ciência e Cultura e incluídos no calendário oficial e turístico do estado.
- Vários símbolos afro-brasileiros ultrapassaram a ligação com determinadas religiões. Você não precisa ser budista para ter admiração pelos ensinamentos de Buda, por exemplo, e isso acontece com muita regularidade com símbolos das religiões afro-brasileira. A Candelária e o Cristo deixaram de ser somente monumentos católicos para se tornarem referências do Rio, como a festa de Iemanjá passou a ser uma comemoração carioca. É importante preservar essas manifestações, e as celebrações para Oxum já são típicas na cidade há mais de 300 anos - ressalta Átila Nunes- O Brasil confunde o religioso com a cultura. O importante é que a gente preserve e celebre os grandes símbolos de todas as religiões, como São Jorge. A minha maior dificuldade na Alerj foi na bancada evangélica. Mas, é importante reconhecermos as diferentes manifestações. O dia de Oxum também é dedicado a Nossa Senhora da Conceição. Segundo Átila, a proposta só enfrentou resistência da bancada evangélica:
Oxum é um orixá feminino ligado ao amor de mãe e que domina os rios e as cachoeiras. Segundo as lendas, ela adora ricas vestes e objetos de uso pessoal, como colares, joias, perfumes. Sua imagem é associada à maternidade e à fertilidade. Quando uma mulher tem dificuldade para engravidar é à Oxum que se pede ajuda. Além disso, ela tem funções de cura, e é o orixá do ouro, da riqueza e do amor.
- Os orixás são a energia da natureza. Oxum é não é só a cachoeira em si, mas a energia gerada pela queda d'água. Essa decisão é importante para que possamos ter mais suporte do poder público na hora de realizar as nossas homenagens e confraternizações -, explica Fátima Dantas, diretora da Congregação Espírita Umbandista do Brasil (Ceub).
            Oração a OXUM
QUE OXUM ME DÊ A SERENIDADE PARA AGIR DE FORMA CONSCIENTE E EQUILIBRADA. TAL COMO SUAS ÁGUAS DOCES - QUE SEGUEM DESBRAVADORAS NO CURSO DE UM RIO, ENTRECORTANDO PEDRAS E SE PRECIPITANDO NUMA CACHOEIRA, SEM PARAR NEM TER COMO VOLTAR ATRÁS, APENAS SEGUINDO PARA ENCONTRAR O MAR - ASSIM SEJA QUE EU POSSA LUTAR POR UM OBJETIVO SEM ARREPENDIMENTOS.
OORA YEYEOOSUN! 




blog afrocorporeidade

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Ubuso ou Máscara Africana

 


O ubuso é uma máscara utilizada no culto
africano para proporcionar boa sorte e protecção.
Nos últimos séculos miniaturas de ubusos e
ubusos em tamanho real têm vindo a ser cada vez
mais usados como amuletos ou talismãs como
símbolo protecção e fertilidade.
A maioria dos povos africanos dedica-se ao
pastoreio ou à agricultura. A aldeia de Bambara
dedica-se ao cultivo das suas colheitas de grão. As
suas manifestações artísticas estão intimamente
ligadas ao seu meio de sobrevivência. As mais
importantes amostras escultóricas representam
máscaras e figuras esculpidas para assegurar a
fertilidade dos seus campos e o cuidado dos seus
cultivos.
Os Bambara são um grupo Mandinka de mais de
um milhão de pessoas que habitam em Mali e
que se transformaram em excelentes e
reconhecidos artistas na arte do metal, do couro,
das tintas, da tapeçaria, dos objectos em esparto e
sobretudo nos trabalhos esculpidos na madeira.
As máscaras Bambara pertencem a 4 associações
de culto maior: N’domo, komo, kove e Try
voara. Estas sociedades tiram as suas máscaras
durante as estações húmida e seca, para rogar aos
deuses ajuda na sementeira e na recolecção das
colheitas do milho e nas celebrações relacionadas
com a chuva. Cada sociedade tem um tipo de
máscara diferente carregada de simbolismo. A
arte africana é multifuncional e compreende
numerosas facetas da vida: o governo, a religião,
a economia e também o entretenimento. As
celebrações de cerimónias e rituais com bailes e
máscaras tão enraizadas na cultura africana têm
uma dupla vertente: sacro-religiosa e de crenças e
outra estética e teatral.
Em Africa, a doença e a morte podem ser
imputadas a causas sobrenaturais. Os objectos de
arte, junto com as técnicas mágicas e rituais são
utilizadas para combater o infortúnio. Estes
objectos conhecem-se pelo nome de “fetiches”.
A escultura ou objecto de arte costuma ser
acompanhada por materiais diversos:
caranguejos, ossos de animais e cornos, dentes,
penas, parles de aves, tecidos, botões e pedaços de
metais. Este conjunto de objectos estranhos tem
um importante valor simbólico para os seus
proprietários e, segundo a sua crença,
influenciam o seu destino. 


Daniel Polcaro

 extraído do blog arte africana

Máscaras africanas II



MÁSCARAS AFRICANAS: Máscara. Arte fang. Museu do Homem, Paris.

As máscaras sempre foram as protagonistas indiscutíveis da arte africana. A crença de que possuíam determinadas virtudes mágicas transformou-as no centro das pesquisas. O fato é que, para os africanos, a máscara representava um disfarce místico com o qual poderiam absorver forças mágicas dos espíritos e assim utilizá-las em benefício da comunidade: na cura de doentes, em rituais fúnebres, cerimônias de iniciação, casamentos e nascimentos. Serviam também para identificar os membros de certas sociedades secretas.

MÁSCARAS AFRICANAS: Máscara de boi com mandíbula móvel. Arte ibibia. Museu do Homem, Paris.

Em geral, o material mais utilizado foi a madeira verde, embora existam também peças singulares de marfim, bronze e terracota. Antes de começar a entalhar, o artesão realizava uma série de rituais no bosque, onde normalmente desenvolvia o trabalho, longe da aldeia e usando ele próprio uma máscara no rosto. A máscara era criada com total liberdade, dispensando esboço e cumprindo sua função. A madeira era modelada com uma faca afiada. As peças iam do mais puro figurativismo até a abstração completa.
MÁSCARAS AFRICANAS: Máscara de dança. Arte ioruba-nagô. Museu do Homem, Paris.

Quanto à sua interpretação, a tarefa é difícil, na medida em que não se conhece sua função, ou seja, o ritual para o qual foram concebidas. Os colonizadores nunca valorizaram essas peças, consideradas apenas curiosidade de um povo primitivo e infiel. Paradoxalmente, a maior parte das obras africanas encontra-se em museus do Ocidente, onde recentemente, em meados do século XX, tentou-se classificá-las. Na verdade, os historiadores africanos viram-se obrigados a estudar a arte de seus antepassados nos museus da Europa.

ARTE AFRICANA: Máscara. Arte pendê. Museu da África Central, Tervuren.

O auge da arte africana na Europa surgiu com as primeiras vanguardas, especificamente os fauvistas e os expressionistas. Estes, além de reconhecer os valores artísticos das peças africanas, tentaram imitá-las, embora sempre sob a ótica de suas próprias interpretações, algo que colaborou em muitos casos, para a distorção do verdadeiro sentido das obras. Entre as peças mais valorizadas atualmente estão, apenas para citar algumas, as esculturas de arte das culturas fon, fang, ioruba e bini, e as de Luba.

ARTE AFRICANA: Rosto de uma cabeça de duas faces. Arte ibibia. Coleção Hélène Kamer, Paris.
O fato de os primeiros colonizadores terem subestimado essas culturas e considerado essas obras meras curiosidades exóticas, provocou um saque sem sentido na herança cultural desse continente. Recentemente, no século XX, foi possível, graças à antropologia de campo e aos especialistas em arte africana, organizar as coleções dos museus europeus. Mas o dano já estava feito. Muitos objetos ficaram sem classificação, não se conhecendo assim seu lugar de origem ou simplesmente ignorando-se sua função.

Amanda Morais - 4º P.P.

A máscara africana

A função ritual, liturgica e simbolica da máscara africana é um assunto muito falado mas pouco conhecido, sociedades secretas africanas, cultos abertos, rituais, etc.
A utilização de máscaras em cerimoniais é prática comum há milhares de anos. As máscaras são de fundamental importância nos rituais, sejam de iniciação, de passagem, ou de evocação de entidades espirituais. As máscaras apresentam-se, também, como elementos de afirmação étnica, expondo características particulares de cada grupo. Assim, existe uma enorme diversidade de formas, modelos, técnicas de confecção e aplicações.

Normalmente, a máscara é apenas um dos elementos utilizados nas cerimônias e rituais, havendo a combinação com outras manifestações, como dança, música e instrumentos musicais. Aparece ainda o uso de máscaras associado a objetos de cunho animatista, como amuletos.

Na África, o artífice, antes de começar a esculpir uma máscara, passa por um processo de purificação, com reza aos espíritos ancestrais e às forças divinas. Tal prática faria com que a força divina fosse transferida para a máscara durante o processo de manufatura.

Se no passado era prática generalizada, o uso de máscaras rituais teve um enorme declínio nas últimas décadas. Entretanto, a manufatura e o emprego deste objetos continua sendo um aspecto fundamental na identidade de vários grupos étnicos africanos. Por isso, já existem pessoas que trabalham pela preservação deste hábito milenar.

A máscaras são empregadas, basicamente, em eventos sociais e religiosos. Além de representarem os espíritos ancestrais, em alguns casos objetivam o controle de forças espirituais das comunidades para um determinado fim, sejam estas forças benéficas ou malignas.

A matéria prima utilizada na elaboração das máscaras é diversificada. Entretanto, é a madeira a matéria prima mais comum. Isso porque os artífices acreditam que as árvores possuem uma alma, um espírito. A madeira seria interpretada como um receptáculo espiritual, sendo que parte dessa essência animista é transferida para a máscara, conferindo ao seu portador alguma espécie de poder. Na visão de muitos antropólogos, se trataria de um conjunto de forças invisíveis que atuam diretamente no controle social. 

As informações acima foram tiradas do blog bliblioafro Griot, que dá a indicação de um bom livro para quem quiser saber mais do assunto. É o livro African Masks de Franco Monti e Paul Halym de 1969.


terça-feira, 30 de novembro de 2010

Antropologia

Você sabe o que é Antropologia?

Antropologia (cuja origem etimológica deriva do grego άνθρωπος anthropos, (homem / pessoa) e λόγος (logos - razão / pensamento) é a ciência preocupada com o fator humano e suas relações. A divisão clássica da Antropologia distingue a Antropologia Social da Antropologia Física. Cada uma destas, em sua construção abrigou diversas correntes de pensamento.
Pode-se afirmar que há poucas décadas a antropologia conquistou seu lugar entre as ciências. Primeiramente, foi considerada como a história natural e física do homem e do seu processo evolutivo, no espaço e no tempo. Se por um lado essa concepção vinha satisfazer o significado literal da palavra, por outro restringia o seu campo de estudo às características do homem físico. Essa postura marcou e limitou os estudos antropológicos por largo tempo, privilegiando a antropometria, ciência que trata das mensurações do homem fóssil e do homem vivo.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Antropologia
Algumas informações básicas sobre os principais paradigmas e escolas de pensamento antropológico:

Formação de uma literatura “etnográfica” sobre a diversidade cultural

Período: Séculos XVI-XIX
Características: Relatos de viagens (Cartas, Diários, Relatórios etc.) feitos por missionários, viajantes, comerciantes, exploradores, militares, administradores coloniais etc.
Temas e Conceitos: Descrições das terras (Fauna, Flora, Topografia) e dos povos “descobertos” (Hábitos e Crenças).Primeiros relatos sobre a AlteridadeAlguns Representantes e obras de referênciaPero Vaz Caminha (“Carta do Descobrimento do Brasil” - séc. XVI). Hans Staden (“Duas Viagens ao Brasil” - séc. XVI). Jean de Léry (“Viagem a Terra do Brasil” - séc. XVI). Jean Baptiste Debret (“Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil” - séc. XIX).
Escola/Paradigma: Evolucionismo Social
Período: Século XIX
Características: Sistematização do conhecimento acumulado sobre os “povos primitivos”.
Predomínio do trabalho de gabinete
Temas e Conceitos: Unidade psíquica do homem.Evolução das sociedades das mais “primitivas” para as mais “civilizadas”.Busca das origens (Perspectiva diacrônica)Estudos de Parentesco /Religião /Organização Social.Substituição conceito de raça pelo de cultura.
Alguns Representantes e obras de referência: Maine (“Ancient Law” - 1861). Herbert Spencer (“Princípios de Biologia” - 1864). E. Tylor (“A Cultura Primitiva” - 1871). L. Morgan (“A Sociedade Antiga” - 1877). James Frazer (“O Ramo de Ouro” - 1890).

Escola/Paradigma: Escola Sociológica Francesa

Período: Século XIX
Características: Definição dos fenômenos sociais como objetos de investigação socio-antropológica. Definição das regras do método sociológico.
Temas e Conceitos: Representações coletivas.Solidariedade orgânica e mecânica. Formas primitivas de classificação (totemismo) e teoria do conhecimento. Busca pelo Fato Social Total (biológico + psicológico + sociológico). A troca e a reciprocidade como fundamento da vida social (dar, receber, retribuir).
Alguns Representantes e obras de referência: Émile Durkheim:“Regras do método sociológico”- 1895; “Algumas formas primitivas de classificação” - c/ Marcel Mauss - 1901; “As formas elementares da vida religiosa” - 1912. Marcel Mauss:“Esboço de uma teoria geral da magia” - c/ Henri Hubert - 1902-1903; “Ensaio sobre a dádiva” - 1923-1924; “Uma categoria do espírito humano: a noção de pessoa, a noção de eu”- 1938).
Escola/Paradigma: Funcionalismo
Período: Século XX - anos 20
Características: Modelo de etnografia clássica (Monografia).
Ênfase no trabalho de campo (Observação participante). Sistematização do conhecimento acumulado sobre uma cultura.
Temas e Conceitos: Cultura como totalidade.Interesse pelas Instituições e suas Funções para a manutenção da totalidade cultural.Ênfase na Sincronia x Diacronia.
Alguns Representantes e obras de referência: Bronislaw Malinowski (“Argonautas do Pacífico Ocidental” -1922). Radcliffe Brown (“Estrutura e função na sociedade primitiva” - 1952-; e “Sistemas Políticos Africanos de Parentesco e Casamento”, org. c/ Daryll Forde - 1950). Evans-Pritchard (“Bruxaria, oráculos e magia entre os Azande” - 1937; “Os Nuer” - 1940). Raymond Firth (“Nós, os Tikopia” - 1936; “Elementos de organização social - 1951). Max Glukman (“Ordem e rebelião na África tribal”- 1963). Victor Turner (“Ruptura e continuidade em uma sociedade africana”-1957; “O processo ritual”- 1969). Edmund Leach - (“Sistemas políticos da Alta Birmânia” - 1954).

Escola/Paradigma: Culturalismo Norte-Americano

Período: Séc. XX - anos 30
Características: Método comparativo. Busca de leis no desenvolvimento das culturas. Relação entre cultura e personalidade.
Temas e Conceitos: Ênfase na construção e identificação de padrões culturais (“Patterns of culture”) ou estilos de cultura (“ethos”).
Alguns Representantes e obras de referência: Franz Boas (“Os objetivos da etnologia” - 1888; “Raça, Língua e Cultura” - 1940). Margaret Mead (“Sexo e temperamento em três sociedades primitivas” - 1935). Ruth Benedict (“Padrões de cultura” - 1934; “O Crisântemo e a espada” - 1946).
Escola/Paradigma: Estruturalismo
Período: Século XX - anos 40
Características: Busca das regras estruturantes das culturas presentes na mente humana. Teoria do parentesco/Lógica do mito/Classificação primitiva. Distinção Natureza x Cultura.
Temas e Conceitos: Princípios de organização da mente humana: pares de oposição e códigos binários.Reciprocidade
Alguns Representantes e obras de referência: Claude Lévi-Strauss:“As estruturas elementares do parentesco” - 1949. “Tristes Trópicos”- 1955. “Pensamento selvagem” - 1962. “Antropologia estrutural” - 1958 “Antropologia estrutural dois” - 1973 “O cru e o cozido” - 1964 “O homem nu” - 1971
Escola/Paradigma: Antropologia Interpretativa
Período: Século XX - anos 60
Características: Cultura como hierarquia de significados Busca da “descrição densa”. Interpretação x Leis. Inspiração Hermenêutica.
Temas e Conceitos: Interpretação antropológica: Leitura da leitura que os “nativos” fazem de sua própria cultura.Alguns Representantes e obras de referência: Clifford Geertz: “A interpretação das culturas” - 1973. “Saber local” - 1983.
Escola/Paradigma: Antropologia Pós-Moderna ou Crítica
Período e obra: Século XX - nos 80
Características: Preocupação com os recursos retóricos presentes no modelo textual das etnografias clássicas e contemporâneas. Politização da relação observador-observado na pesquisa antropológica. Critica dos paradigmas teóricos e da “autoridade etnográfica” do antropólogo.
Temas e Conceitos: Cultura como processo polissêmico. Etnografia como representação polifônica da polissemia cultural. Antropologia como experimentação/arte da crítica cultural.
Alguns Representantes e obras de referência: James Clifford e Georges Marcus (“Writing culture - The poetics and politics of ethnography” - 1986). George Marcus e Michel Fischer (“Anthropoly as cultural critique” - 1986). Richard Price (“First time” - 1983). Michel Taussig (“Xamanismo, colonialismo e o homem selvagem”- 1987). James Clifford (“The predicament of culture” - 1988).
Fonte: http://nant-iscsp.blogspot.com/2005_05_01_archive.html

Informações

Especialização Lato Sensu em Ensino de Histórias e Culturas Africanas e Afro-Brasileiras - RJ

O IFRJ Campus São Gonçalo prorrogou as inscrições até 14 de dezembro do Edital n° 89/2010 para o Curso de Especialização Lato Sensu em Ensino de Histórias e Culturas Africanas e Afro-Brasileiras.

Curso de Especialização Lato Sensu em Ensino de Histórias e Culturas Africanas e Afro-brasileiras tem como finalidade contribuir para a formação continuada dos professores e profissionais ligados à educação capazes de atuar no ensino e na pesquisa com vistas à implementação de uma política educacional que reconhece a diversidade étnico-racial do país, seguindo as determinações da lei 10.639/03 que torna obrigatório o ensino das histórias e culturas africanas e afro-brasileira em todos os níveis e modalidades da educação básica.

Pretende-se também contribuir na formação de profissionais autônomos e inovadores, capazes de projetar e realizar melhorias em seus campos de atuação, de propor novas metodologias e criar novas estratégias pedagógicas para a educação das relações étnico-raciais, no intuito de reduzir a distância existente entre as realidades da produção acadêmica contemporânea e do cotidiano da sala de aula.

CARACTERÍSTICAS DO CURSO
 
O Curso tem a duração prevista de um ano e seis meses, incluindo o tempo de elaboração da monografia, prorrogáveis, a critério do Colegiado do Curso, por mais seis meses.

A sua carga horária é de 390 horas e suas aulas serão ministradas às terças-feiras e às quintas-feiras, das 18h 30min às 22h 30min, e um sábado por mês, das 8 às 12 horas, no Campus São Gonçalo do IFRJ.

PROCESSO SELETIVO E PERIODICIDADE
 
O curso possui uma entrada por ano, com início no 1º semestre do ano. São oferecidas 20 vagas por turma. O processo seletivo, que é regulamentado por edital específico, ocorre em três etapas: prova escrita, análise de currículo e exposição oral. Podem participar do processo seletivo os profissionais que tenham concluído um curso de graduação, preferencialmente nas áreas relacionadas à Educação.

O início das aulas está previsto para  8 de fevereiro de 2011.


 
INSCRIÇÕES DE 08/11/2010 ATÉ 14/12/2010
 
LOCAL: Rua Dr. José Augusto Pereira dos Santos, s/nº, Neves - São Gonçalo
(CIEP 436 Neusa Brizola – ao lado do DETRAN)
 
HORÁRIO  INSCRIÇÕES: DAS 14H ÀS 20H
TAXA DE INSCRIÇÃO NO CONCURSO: R$ 70,00
VAGAS OFERECIDAS: 20 (VINTE)
 
O CURSO É GRATUITO, SEM COBRANÇA DE TAXA DE MATRÍCULA E MENSALIDADES
 
EDITAL e BIBLIOGRAFIA DISPONÍVEIS EM: http://www.ifrj.edu.br/latu.php
 
INFORMAÇŌES ADICIONAIS:
TELEFONE: (021) 2628-0099 begin_of_the_skype_highlighting              (021) 2628-0099      end_of_the_skype_highlighting